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Ossos do Ofício (2013): Uma Reflexão sobre a Vida e a Morte
"Ossos do Ofício" é um filme brasileiro lançado em 2013, dirigido por André Horta, que propõe uma reflexão profunda sobre a vida, a morte e as relações humanas, utilizando a profissão de um agente funerário como pano de fundo. Este filme tem como alvo não apenas a narrativa de um trabalhador de um setor que muitas vezes é tratado com aversão, mas também as complexidades emocionais e filosóficas que envolvem o ato de lidar com a morte.
Sinopse
O filme gira em torno de Paulo, um agente funerário que, apesar de sua profissão gris, enfrenta a vida com um olhar sensível e questionador. A sua rotina inclui preparar os corpos para o descanso final e consolar os enlutados. No entanto, por trás dessa fachada rígida, existem os próprios lutos e dilemas que Paulo carrega. O roteiro oferece um vislumbre das interações de Paulo com os familiares dos falecidos, revelando histórias pessoais que tocam em temas universais, como amor, perda e superação.
Temas e Simbolismos
"Ossos do Ofício" utiliza a figura do agente funerário como uma metáfora para o que significa viver. A morte é uma inevitabilidade e o filme aborda de forma sensível a inevitabilidade do ciclo da vida. André Horta realiza um trabalho primoroso ao equilibrar o drama e momentos de leveza, permitindo que o público reflita sobre suas próprias vidas e as conexões que formam. A relação de Paulo com os mortos é um convite para pensar sobre as memórias e as marcas que deixamos nos outros enquanto vivemos.
Estilo e Direção
A direção de André Horta é uma das características que elevam a obra. O diretor consegue capturar a essência das interações humanas em um ambiente que poderia ser sombrio, mas que, sob sua lente, se torna repleto de nuances. A cinematografia é cuidadosamente elaborada, utilizando luz e sombra para simbolizar os altos e baixos da vida. O uso de planos fechados e longos permitem que o espectador tenha uma experiência íntima com os personagens e suas emoções.
Recepção e Impacto
Na época de seu lançamento, "Ossos do Ofício" recebeu críticas mistas, porém muitos reconheceram o filme como uma obra corajosa, que desafiava as normas normativas da representação da morte no cinema brasileiro. O filme se propôs a humanizar a morte, e isso foi bem-vindo numa sociedade que frequentemente evita confrontar esse tema. O debate que ele gerou sobre como lidamos com a morte e a importância de celebrar a vida foi significativo, tornando-o um filme relevante para discussões em diversas esferas sociais.
Conclusão
"Ossos do Ofício" é mais do que um mero retrato do dia a dia de um agente funerário; é uma obra que nos leva a confrontar nossas próprias percepções sobre a morte e a vida. É um filme que nos lembra da fragilidade da existência e da importância das conexões que formamos ao longo do tempo. Ao assistir, somos convidados a olhar mais de perto para nossas próprias histórias, a refletir sobre as relações e, acima de tudo, a valorizar a jornada humana em toda a sua complexidade.